Autenticação até pode ser comprada; mas e a autoridade?

Na semana passada o Meta Verified, selo de verificação no Instagram e Facebook que a Meta concede a criadores de conteúdo, foi liberado no Brasil. Por R$ 55 mensais, o usuário recebe o selo azul e conta com mais proteção contra fraudes, monitoramento proativo de contas falsas e suporte em português. O recurso, que já estava disponível em outros países, incluindo Austrália, Estados Unidos, Canadá e Índia, por enquanto está liberado apenas para criadores de conteúdo; porém, em breve, deve chegar também para as marcas.

Entre os recursos do Meta Verified, o que faz brilhar os olhos é a verificação azul. Isso porque, até então, ele era concedido a partir de um critério de autoridade e relevância da Meta, ou seja, não era para todos. Ter ou não o selo era um diferencial, e colaborava com a reputação perante a audiência. 

Porém, agora o selo azul se torna a confirmação de autenticidade da conta, pois para recebê-lo o criador passa por um processo de verificação, incluindo envio de documento de identidade e vídeo selfie. Assim, esse modelo de contratação com que o discurso de autoridade perca um pouco do sentido, pois como sempre reforçamos para os nossos clientes: 

 autoridade não se compra; se conquista.

Essa mudança na relação entre ‘ter o selo’ e ‘ter autoridade’ vem sendo estudada e debatida por pesquisadores e profissionais de marketing. Para os perfis que receberam o selo por ‘mérito’ nada muda, mas agora estarão acompanhados de quem pagou por ele. 

Construir autoridade e reputação nos ambientes digitais continuará sendo uma missão árdua executada a partir de diferentes frentes e deve incluir a autenticação de veracidade dada pelo selo. Ele é um recurso importante para quem está profissionalizando o perfil social, inclusive para as empresas. 

O que ainda precisamos entender é como se dará a mudança de percepção da verificação pelas pessoas. Elas vão de fato perceber que existem essas duas categorias e que, com isso, o selo não tem mais valor de autoridade, mas sim de autenticidade? Ou elas vão tratar tudo como uma coisa só, mantendo-o relevante na construção de autoridade?

Apesar dessas dúvidas, uma certeza nós temos: em médio e longo prazo, todos continuarão precisando encontrar novas formas de se destacar. Afinal, entre tantos verificados, quem é mais importante? 

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