Warren Buffett, um dos empresários mais conhecidos do mundo, declarou certa vez que “se alguém perdesse dólares para a sua empresa, ele seria compreensivo; mas, que se afetasse a reputação da corporação, ele seria implacável”. Parece até um exagero, mas essa postura de Buffett faz todo o sentido.

Nós já explicamos aqui o que é reputação. Por isso, hoje, vamos falar da reputação corporativa, que é considerada o pré-requisito de qualquer negócio e deve ser vista como um ativo estratégico da empresa, gerando valor e evitando danos de longo prazo. Sendo um “pré-requisito” acaba por vir antes dos próprios requisitos básicos, como ter matéria-prima para a produção, dominar a tecnologia, colocação no mercado, etc. A empresa pode ter tudo que é necessário para a produção e a comercialização de seus bens, mas se não tiver boa reputação não consegue se distinguir, especialmente em um mercado cada vez mais competitivo como o atual. Sem falar que, via de regra, a reputação interfere tanto no mercadinho do bairro quanto em uma empresa multinacional.

Dados do BrandZ mostram que uma reputação forte protege os negócios em tempos de crise, permitindo uma recuperação mais veloz assim que a economia melhora e se encerra o período de recessão. Além de ser uma ótima ferramenta para sobrevivência,  também se torna um ponto chave para o cliente no momento em que este decide por uma determinada marca ou serviço.

Diante dos desafios do mundo conectado, a reputação ganhou ainda outros contornos, a partir da possibilidade de aproximação entre marcas e clientes. Agora, o público, por sua vez, está mais consciente e preocupado com o impacto social do seu consumo e a busca por transparência se tornou ainda mais frequente. Qualquer ruído pode se espalhar de forma rápida e dinâmica e, em pouco tempo, gerar um dano que colocará em cheque todo o trabalho empregado até ali.

Uma reputação se constrói ao longo do tempo, por meio de ações que permitem ao cliente acreditar que a empresa é confiável, responsável e segura. Segundo o estudo global Raptrak 2019, realizado pelo Reputation Institute, com 400 organizações a partir de um campo de 13.500 entrevistas online, a reputação corporativa vive um momento de virada em que novas tendências se acirram e produzem oportunidades, ao mesmo tempo em que colocam novos riscos que, talvez, a maioria das empresas não esteja preparada. O mesmo estudo identifica algumas tendências que implicam diretamente na construção de uma boa reputação, dentre elas:

• Polarização: a intensa divisão ideológica ou de posicionamentos também acaba por afetar o modo como os públicos de uma determinada organização reagirão a ela e as suas escolhas.
• Transparência e visibilidade: reconhecer erros ou desvios de conduta e ser transparente quanto às medidas que toma para superá-los é um atributo mais valorizado pelo público do que uma carreira “somente honesta”.
• Empoderamento de novos atores sociais: a valorização da diversidade de gênero, etnias e identidades sexuais não pose mais ser restrita a apoios pontuais. É preciso integrar este atributo na dimensão corporativa em políticas de comunicação e gestão.

Quer saber como direcionar a atuação, posicionamento e comunicação da sua empresa com foco em reputação corporativa? Entre em contato e fale com a nossa head de estratégia, a Fabiane Madeira.